terça-feira, 5 de maio de 2009

ps.:

gee,
is this it?
what is all all about?






domingo, 26 de abril de 2009

Di mim pra tu

Querida,

Quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace.
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste.
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe.
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce.
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate
De dentro de ti.
Eu


(Nando Reis)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mapa do Meu Nada

Pontos positivos e negativos [sobre a (minha) vida]:

Negativos:
- Minha impressora
- Chocolate
- Provas sábados
- Não dormir oito horas por dia
- Calor
- Dias de apenas 24 horas
- Expectativa
- Saudade

Positivos:
- Amigos
- Chocolate
- Sol
- Ar condicionado
- Fernando Pessoa
- AMOR

domingo, 29 de março de 2009

Quem procura não acha

Zézim, ninguém te ensinará os caminhos. Ninguém me ensinará os caminhos. Ninguém nunca me ensinou caminho nenhum, nem a você, suspeito. Avanço às cegas. Não há caminhos a serem ensinados, nem aprendidos. Na verdade, não há caminhos. E lembrei duns versos dum poeta peruano (será Vallejo? não estou certo): “Caminante, no hay camino. Pero el camino se hace al andar”.

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 26 de março de 2009

Que Deus me ajude

Highlight do meu aniversário:

Copacabana. Rua Santa Clara.
Velhinha: Ei, moça... Você vai atravessar a rua?
Eu não ia. Mas resolvi falar que sim.
Moça: Vou. A senhora quer ajuda?
Velhinha: Eu quero sim, mas... Não deixa ninguém perceber.
Moça: Pode deixar.
Velhinha: Posso segurar no seu braço?
Moça: Lógico!
Ela me deu o braço. Mesmo em um calor de 27 graus - que em Copacabana se transforma em no mínimo 40 - a mão da Velhinha era fria.
Velhinha: Fui ao médico hoje. Dermatologista. Muito cheio, não consegui ficar lá.
Pensei em responder alguma coisa, mas ela emendou:
- Hoje em dia, todo mundo 'tá muito doente. Todo médico que eu vou é cheio. Não aguento ficar.
Ela tinha um olhar perdido, não me olhava no olho.
Moça: Isso é verdade.
Velhinha: (olhando para o sinal) Já pode ir?
Moça: Não, é melhor esperar, o sinal ainda não abriu.
Velhinha: Que dia é hoje? Dia 26?
Moça: Hoje é o dia do meu aniversário!
Só agora percebi que eu não respondi que dia era hoje.
Velhinha: (abre um sorriso) É seu aniversário? Parabéns! Vem cá, me dá um abraço.
Ela me abraçou. Abri um sorriso.
Velhinha: Vai comemorar com o namorado?
Era a primeira vez que ela me olhava nos olhos.
Moça: Ainda não sei, já almocei com a minha mãe hoje. Talvez mais tarde.
O sinal abriu. Atravessamos.
Velhinha: Parabéns, tudo de bom, e que você seja muito iluminada.
Moça: Muito obrigada.
Apertou a minha mão e disse:
Que Deus te ajude.



amém

quarta-feira, 25 de março de 2009

Bem no fundo

No fundo, no fundo,

bem lá no fundo,

a gente gostaria
de ver nossos problemas

resolvidos por decreto
a partir desta data, 
aquela mágoa sem remédio

é considerada nula

e sobre ela - silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,

maldito seja que olhas pra trás,

lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem, 

problemas têm família grande,

e aos domingos saem todos a passear

o problema, sua senhora

e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminski

segunda-feira, 23 de março de 2009

Possibility Girl

Everyone thinks Possibility Girl is possibly a genius. Any day now, they continually agree, Possibility Girl will make it big. Become a star. ‘You won’t forget us when you're famous, will you?’ they always say, as Possibility Girl begins yet another amazing project.

The only person, who doesn’t believe in Possibility Girl's possible genius, is Possibility Girl herself. She thinks they're being too kind. She isn’t gifted at all. She’s a fake genius, bluffing her way through life. She is convinced the moment she tries to actually achieve her full potential, she will fail, fall flat on her face, and the people that once admired her from afar, will admire her no more. And so Possibility Girl never actually achieves anything. She just sits on the edge of her possible glory and basks in the adulation of her potential.


Andre Jordan